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ANIMAIS EXTINTOS, BIODIVERSIDADE PERDIDA.

Atualizado: 11 de fev. de 2021

• Já perdemos muitas, e a cada dia perdemos ainda mais. Danos imensuráveis.

As espécies extintas (EX)(RE) Você as conhece? A perda de biodiversidade é irreversível e está em constante avanço, antes mesmo que possamos conhecer o potencial da maioria delas. É grave! urgente! demanda estudo, trabalho, manejo, incentivo e tantas coisas que faltam, além da vontade que sobra....

• Bom, retomando a definição: um animal extinto é aquele que já não existe na natureza ou em cativeiro, pode ser globalmente ou regionalmente. Há também os animais extinto na natureza mas que ainda se encontram alguns exemplares em cativeiro. Menos pior quando se considera a espécie, mas irrelevante quando se considera as relações ecológicas, importância papel na natureza e bem estar da espécie como um todo.

• Para que se tenha conhecimento das espécies e suas condições são criadas listas, e é muito trabalho e dedicação para isso. Estas listas são elaboradas através de parcerias entre instituições de pesquisa e instituições gestoras e são fundamentais para a elaboração de normas de manejo e conservação de espécies e seus habitats.

• A principal lista de avaliação da biodiversidade ameaçada de extinção, em caráter internacional é a coordenada pela IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza) popularizada como lista vermelha e é produzida com a cooperação de profissionais de diversas instituições em todo o mundo que utilizam critérios técnicos de avaliação específicos.

• A avaliação técnica do grau de conservação das espécies é realizada em parceria com diversos profissionais especialistas e grupos de estudo e pesquisa das universidades.

• São estabelecidas nove Categorias, conhecidas na literatura científica como status e suas respectivas Siglas em inglês.


Descrevo brevemente sobre elas:


Limpa-folha-do-nordeste: (Philydor novaesi)

O limpa-folha-do-nordeste (Philydor novaesi) considerada extinta no Brasil, onde seu ultimo registro documentado foi em 2011, embora haja controversas sobre seu desaparecimento, Antes existia em numero reduzido apenas na Estação Ecológica de Murici em Alagoas e na Serra do Urubu.


Tubarão-lagarto - (Schroederichthys bivius -Muller;Henle 1983)

Ações antrópicas influenciando no nicho e habitat de animais como este que o levam a extinção. Compreender que desenvolvimento tecnológico, urbanístico, social, econômico e seja qual for precisa considerar e abraçar a natureza. Necessário coabitar o mesmo espaço de maneira respeitosa, integra e sustentável é beneficio para todos.


Arara-azul-pequena - Anodorhychus glaucus

Muito mistério sobre esta ararinha extinta a tanto tempo. Coloração azul forte, esverdeada com partes amarelas perto dos olhos e considerando estudos e exemplares taxidermizados não passou de 70 cm. O ultimo casal vivo que se tem noticia, morreu em cativeiro num zoológico norte americano.


Peito-vermelho-grande - Stuenella defilippii (Bonaparte, 1850)

O Peito Vermelho ainda não está extinto globalmente, mas é mais um passeriforme que já não ocorre mais no Brasil. Ao menos não se tem registro dele a muito tempo. Já houveram algumas tentativas de identificação de exemplares desta espécie no sul do Brasil, mas sem sucesso, tratava-se de erros de identificação, portanto, sem qualquer registro desta espécie por aqui, está classificado como (RE) regionalmente extinto.

Ainda assim, sua perda populacional globalmente é preocupante, esta ameaçada classificada como: (VU)


Caburé-do-nordeste. (Glaucidium mooreorum)

Uma graciosa strigiformes. Uma coruja, pequena de ocorrência na região de Mata Atlântica nordestina.

Endêmica, mais uma espécie endêmica perdida para sempre e sabe-se lá as os impactos nas relações ecológicas ocorrentes e futuras sobre estas perdas constantes.

Bom, acredita-se que a extinção desta espécie se deve, principalmente, à destruição da Mata Atlântica do Nordeste, pelo avanço da fronteira agropecuária e por ai vai...

Perereca-verde-de-fímbria (Phrynomedusa fimbriata)

Espécie avistada na serra do mar e documentada da mais de vinte anos depois quando não foi mais encontrada e documentada com status de extinta.

Para algumas espécies de anfíbios, foi detectado declínio populacional severo segundo consta no livro vermelho de 2018 do ICMbio, mas para esta Phrynomedusa fimbriata não se tem hipótese de seu desaparecimento. O registro tardio e ausência de estudos sobre a fauna brasileira trás prejuízos como este. Porém, para outras espécies com outras classificações e status, ainda assim preocupantes as razões do declínio não são totalmente conhecidas embora existam algumas hipóteses. Cada caso é unico. Este fato, somado ao elevado número de espécies DD, evidencia a necessidade de continuidade e incremento de pesquisas com os anfíbios brasileiros.


Tubarão-dente-de-agulha - (Carcharhinus-isodon - Muller;Henle 1983)

Um tubarão pequeno, cinza, sem manchas. De superfície, região nérica e oceânica, um Elasmobranchii condricte,. Peixe marinho encontrados em cardumes comumente na costa e alimenta-se de peixes pequenos e cefalópodes. Seu tamanho e peso pequeno além de comportamento de cardume foi fator de ocorrência frequente em pesca descontrolada com anzóis e redes de arraste levando-o ao desparecimento na costa brasileira.


Maçarico-esquimó -(Numenius borealis - Foster 1772)

Essa ave migratória, de plumagem cinza, dorso canela, pico longo e curvo, grandona era frequente, comum nos pampas da América do sul até meados de 1850, foi avistado no Canadá, Alasca, Brasil e Argentina onde os registros para o Brasil foram feitos no Amazonas, Mato Grosso e São Paulo, regiões de áreas alagadas. Considerado visitante comum no interior de nosso país (Sick, 1997). Quando a caça desordenada se intensificou, fator que diminuiu a população desta espécie e o uso de agrotóxicos nos pampas sulinos, degradação de habitat contaminação de alagados e áreas de ocorrência que somado a outras ações antrópicas negativas dizimaram esta espécie. Os últimos registros da América do Norte datam do período entre 1987 e 1992, quando sua população global era estimada em 50 indivíduos (Del Hoyo et al., 1996).


Gritador-do-Nordeste - Cichlocolaptes mazarbarnetti Mazar-Barnett & Buzzetti, 2014

Foi um passeriforme, da família Furnariidae, endêmico, restrito as regiões de Alagoas e Pernambuco, sempre em baixa densidade populacional, porém sem nenhum avistamento ou registro desde 2007. De hábito solitário ou aos pares, normalmente associado a bandos mistos e aparentemente forrageava exclusivamente em bromélias, assim a dependência e perda de habitat foi a causa do declínio populacional da espécie, uma vez que esta era bastante sensível a alterações ambientais, dependendo de florestas primárias para sobreviver levando-o a extinção.


Rato de noronha- (Noronhomys vespuccii)

O Rato-de-Noronha era endêmico da ilha de Fernando de Noronha, um mamífero roedor e é considerado extinto desde o século XVI, embora somente agora tenha sido listado oficialmente como extinto.

Registros históricos indicam que a espécie deve ter existido na ilha até, pelo menos, 500 anos atrás desaparecendo com a chegada dos primeiros colonizadores.

Era um rato de grande porte (200-250 gramas), terrestre e arborícola, abundante na ilha de Noronha.

Sua extinção é provável que tenha sido em decorrência das relações ecológicas desarmônicas como predação, competição por recursos e disseminação de doenças através da introdução de Rattus rattus e Camundingos musmusculus na ilha. Outro fator é mensurado para a extinção desta espécie endêmica, que é a caça predatória humana. Pelo tamanho grande, esta espécie era frequentemente consumida pelos locais em sua alimentação.


Infelizmente a lista não é estática e não é única embora muito empenho e esforços são somados para compô-las.

Felizmente, algumas espécies foram redescobertas após muitas décadas sem registros algum, e esta é uma esperança continua, mesmo considerando as desordens ambientais recorrentes diretamente ligada as ações humanas. É por exemplo o caso da rolinha-do-planalto, redescoberta após 75 anos de seu desaparecimento. Espero, que esta lista que só não se estende mais por ausência de estudos sobretudo conhecimento de fauna, e que é certo que muito mais além destas conhecidas, catalogadas e classificadas, inúmeras estejam neste status e mesmo antes de serem conhecidas pelo homem. Ações como responsabilidade sobre o meio ambiente, seja ele qual for e em que condições naturais, empenho em estudos, gestão de resíduos, planos de manejo, políticas publicas, educação ambiental transformadora são tópicos que precisam entre inúmeros outros que podem ser facilmente listados aqui urgentemente considerados para mudança deste quadro desastroso de perda de biodiversidade.

Nestes links, o livro vermelho de status de conservação do icmbio e listas completas para estudarmos um pouco mais. Conhecer oque já perdemos, o que esta em risco eminente e oque ainda falta a estudar sobre eles.


Boa leitura!




















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