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CAATINGA

Atualizado: 14 de dez. de 2020

A Caatinga é um bioma brasileiro, exclusivo do Brasil, é o principal bioma da região nordeste, onde ocorre o clima semiárido. único no mundo em variedade de características específicas, que durante muito tempo foi considerado de inferioridade de riqueza biológica e fitofisionomias comparando aos demais biomas, sobretudo a Mata Atlântica, porém, hoje já se sabe, mesmo que tardiamente que esta abriga uma diversidade muito específica de exemplares de fauna e de flora além de suas características únicas em esfera mundial possuindo um considerável número de espécies endêmicas.

Um bioma único no mundo, com potencial biodiversidade tão pouco estudada e econômico desvalorizado, está se perdendo em desertificação. Uma riqueza, como tantas outras no país irrecuperável.

Promover a conservação da biodiversidade da Caatinga não é uma ação simples, uma vez que grandes obstáculos precisam ser superados e ainda assim, o que podemos como educadores é inserir informações que mostrem a importância deste bioma dentro das salas de aulas e começar a cultivar o interesse e preservação por partes dos alunos.

É importante também relembrar apesar dos Avanços que são notados e trabalhos para conservação de fauna e no esforço de educadores de maneira que a atualização de conceitos sejam mais expressivos, amplos e consciente de preservação do habitat e diversidade biológica, pode modificar atitudes que seriam levadas a vida adulta, dos estudo de flora foram percebidos com grande força, porém, ainda insuficientes para se estabelecer o equilíbrio da região estudada.


Por Beatriz de Aquino



O Brasil é o quinto maior país do mundo em extensão territorial, possuindo uma grande diversidade geográfica e climática. Além disso, possui a maior cobertura de florestas tropicais do mundo. Por esses motivos nosso país abriga uma imensa biodiversidade, sendo o primeiro entre os países detentores de megadiversidade: 20% a 22% do número estimado de espécies do planeta estão aqui. Possui a flora mais rica do mundo, com cerca de 55 mil espécies de plantas superiores, e também 524 espécies de mamíferos, 1.677 de aves, 517 de anfíbios e 2.657 de peixes.


O bioma das Caatingas situa-se no que nomeiam Araújo e Sousa (2011) de "Polígono das Secas", uma região do Nordeste brasileiro que compreende ecossistemas considerados frágeis e vulneráveis à desertificação, diante de suas peculiaridades fitofisionômicas, climáticas e geológicas e não ausente ação negativa antropológica. Vão desde as condições climáticas, como também às características dos solos, à exploração inadequada dos recursos naturais e todas as tarefas de exploração e uso inadequado do bioma, e, sobretudo ao excesso do pastoreio.


A Caatinga, nordeste semiárido, trata-se de uma região seca, muito quente, de posição subequatorial, com drenagens extensivamente abertas para o mar e constituem um mosaico de solos, com precipitações irregulares e drásticas segundo Ab’Sáber (1974). Define ainda como a região semiárida mais quente do globo terrestre e é totalmente diferente do que ocorre na maior parte da América do Sul. É denominada assim por alguns autores, e por outros como Bioma “As caatingas”, se considerar a classificação diante das fitofisionomias específicas espalhadas por regiões além do nordeste ou se considerada a diversidade encontrada no que se nomeia sertão Caatinga. Aqui neste estudo, considera-se a caatinga nordestina não considerando, por exemplo, as caatingas amazônicas. Compõe um mosaico de arbustos espinhosos e florestas sazonalmente secas que cobre a maior parte dos estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e a parte nordeste de Minas Gerais, no vale do Jequitinhonha e está localizada principalmente em uma extensa depressão, recoberta por uma vegetação xérica que cresce sobre solos rasos e está sujeita a longos períodos de seca (LEAL et al.;2005) e que apesar de ser a única grande região natural brasileira cujos limites estão inteiramente restritos ao território nacional, pouca atenção tem sido dada à conservação da variada e marcante paisagem da Caatinga.


Há registros históricos de seca desde o século XVII, quando os portugueses começaram a adentrar o território brasileiro. As secas induziam o êxodo da população local e a desorganização da economia. No fim do século XIX e começo do século XX, por exemplo, a migração de milhares de nordestinos para a Amazônia ocasionou o ciclo da borracha (HOLANDA, 2013).

Características da Caatinga

A partir dali, Holanda (2013) explica ainda que o nordestino deixa a caatinga nordestina depois do castigo da seca intensa, motivados pela ilusão de uma vida mais farta e deixa a caatinga para viver outra página da vida. Depois de estar convencido de que mudaria totalmente de vida e de que a prosperidade era algo certo e inevitável nos seringais da Amazônia, intensifica-se então o abandono da Caatinga, onde o caboclo do sertão agora tinha a certeza de que a faixa de “soldado da borracha” representaria naquele momento o fim da miséria e da exploração.

Está localizada na região do semiárido, e é o único bioma genuinamente brasileiro. Tem um solo raso, clima quente e seco e com abundancia em vegetação de herbáceas e cactáceas. Possui 844.453 km² de área, nos Estados da Bahia, Ceará, Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba, Sergipe, Alagoas, Maranhão e Minas Gerais. As temperaturas da região são altas e as chuvas são escassas e mal distribuídas. O relevo é de baixa altitude, com grandes depressões. A Caatinga apresenta forte ocorrência de espécies endêmicas. A vegetação, adaptada para a baixa umidade, é dominada por arbustos, árvores de pequeno porte e plantas espinhosas e suculentas. Muitas plantas perdem as folhas durante a seca e florescem rapidamente no curto período chuvoso. A biodiversidade presente ampara atividades econômicas nos ramos farmacêutico, cosmético e alimentício; o uso sustentável dessa riqueza é decisivo para o desenvolvimento da região e do Brasil. No entanto, a extração de madeira e a expansão da pecuária e das monoculturas estão alterando drasticamente este bioma.


Seu nome de origem indígena, explicam Albuquerque e Bandeira (1995) dos Tupi-Guaranis que habitavam a região e a nomearam, possui uma diversidade de significados que vai de “mata branca” já que nos longos períodos de seca a vegetação fica de fato esbranquiçada, quase sem folhas, “Mata rala” já que na superfície a vegetação parece rala porem o subterrâneo da caatinga é rico em vegetação, como se houvesse uma floresta enterrada, as raízes são profundas, uma adaptação da vegetação para encontrarem a umidade necessária para sobrevivência e “Mata espinhenta” considerando os exemplares vegetativos típicos da região que possuem espinhos como a palma (Opuntia fícus), o xiquexique (Pilosocereus polygonus), o mandacaru (Cereus jamacaru), a aroeira (Myracrodruon urundeuva), o umbuzeiro (Spondias tuberosa), o juazeiro e o caroá. É um bioma restrito ao território brasileiro, em que a flora possui 596 espécies arbóreas e arbustivas registradas, destas 180 são endêmicas. Sem considerar a imensidão de exemplares herbáceos que pouco se estuda a respeito.


A predominância vegetativa é formada por arbustos e cactos, seu clima, semiárido e seco. Este bioma ainda tão pouco estudado, apensar da elevada taxa de endemismo e diversidade passa por mudanças constantes, por conta da exploração insustentável dos recursos naturais, a caatinga é um dos biomas mais degradados, principalmente pela conversão em sistemas agropecuários (pastagens e cultivos), além da utilização dos recursos florestais madeireiros para lenha, carvão, cercas, construção civil, fabricação de móveis e artesanato. fator que vem levando a perda de biodiversidade fazendo-se urgente necessárias medidas e ações de conservação e manejo para que seja evitada a extinção de fauna e flora.


Os autores Gusmão et al, (2016) explica que o nome, a palavra caatinga é indígena, de origem tupi que foram os primeiros habitantes da região e a batizaram com significado de "mata branca" justamente pelas características que a vegetação apresenta após prolongados períodos de seca, "mata rala" justificada pela caducifóliação dos períodos ou "mata espinhenta" já que possuem uma grande predominância de exemplares de flora com espinhos, e cactáceas.

Sua área corresponde a 54% da Região Nordeste e a 11% do território brasileiro e constitui o chamado Polígono das Secas (ALVES et al, 2009p 126). Porém, segundo Alvez, (2005) a caatinga já perdeu grande proporção territorial. Ainda que se considere as alterações territoriais nos períodos pré-colombianos, teve seu ápice a partir de 1500. O autor sinaliza que registros históricos demostram uma grande perda de território, degradação e devastação do Bioma, porem sem grande documentação de causas ou mapeamentos específicos.

Como resultado da origem do substrato das Caatingas, os solos são pedregosos e rasos, com a rocha-mãe escassamente decomposta a profundidades exíguas e muitos afloramentos de rochas maciças, já o interior é composto por um solo levemente ondulado e montanhoso, que é o que caracteriza o chamado de sertão que tem origem no processo de pediplanação seguindo dois tipos principais de processos erosivos (LEAL, 2003)


Infelizmente, a denominação “caatinga” tem sido muito usada para a região geográfica no nordeste do Brasil, e isto tem gerado algumas confusões (Castellanos 1960). O conceito de região das Caatingas inclui áreas tais como a chapada do Araripe, com vegetação de Cerrado, ou outras áreas mais úmidas dos “brejos” de Pernambuco, com florestas úmidas. Porém, o conceito exclui áreas que, apesar de floristicamente serem parte da vegetação de caatinga, não são consideradas dentro da região geográfica, tais como o vale seco do rio Jequitinhonha em Minas Gerais (Sampaio 1995) ou certas regiões da bacia Rio Grande no oeste da Bahia.



No nordeste semiárido do Brasil ocupa cerca de 10% do território nacional brasileiro, tem a maior parte das caatingas que é localizada nas depressões interplanálticas (Ab’Sáber 1974),A origem geomorfológica e geológica das Caatingas têm resultado em vários mosaicos de solos complexos com características variadas mesmo dentro de pequenas distâncias, Sampaio (1995) explica que o solo consideram fatores morfogenéticos que dão origem aos solos atuais foram formados à partir de relação de rochas pré-cambrianas cristalinas e setores sedimentares localizados que devem gerar os solos subsequentes sob ação do clima, são alcalinas, mas a chuva produz uma dissolução das bases que são lixiviadas e então um microambiente ácido é criado.


Quanto às alterações provocadas pelo desmatamento, a Caatinga é o terceiro Bioma mais degradado do Brasil, perdendo apenas para a Floresta Atlântica e o Cerrado (MYERS et al, 2000). Estima-se que 80% da vegetação encontre-se completamente modificada, devido ao extrativismo e a agropecuária, apresentando-se a maioria dessas áreas em estádios iniciais ou intermediários de sucessão ecológica (ARAÚJO FILHO, 1996).


São alarmantes os dados de monitoramento realizado por satélite segundo estudos do MMA (2020) que mostram que além das condições naturais adversas que a Caatinga enfrenta e sobrevive como pode, o bioma ainda conta com as práticas locais de exploração de madeira, desmatamento para pastoreio, queimadas, olarias, carvoarias, trabalho de produção de gesso e estas práticas, além de inadequadas, são ainda tóxicas que contribuem significativamente para os processos de desertificação. Essa desertificação, com empobrecimento do solo impacta sumariamente na biodiversidade da Caatinga que tem relação direta inclusive, segundo estudos de Albuquerque (2015) pioram ainda a qualidade de vida da população que dela dependem para subsistir. Coloca a vegetação nativa em risco e as espécies de fauna dela dependentes. Quase 46% já foi desmatada segundo estudos de MMA.

A formação de argilas inicia-se em rochas que sofrem ação do clima, mas o pH principal, devido à presença ou ausência de bases irá determinar a sua natureza; em meios ácidos a caolinita é formada, enquanto montmorilonita irá predominar se as chuvas forem insuficientes para lixiviar os sais (PRADO, 2000 p 437). As temperaturas são altas, com média anual de 26 °C, podendo diminuir em áreas de serra e chapadas por possuírem uma altitude maior. O clima é tropical semiárido (ICMBIO, 2019). As chuvas são escassas e inconstantes, concentradas em três a seis meses por ano, com médias anuais entre 250 mm e 800 mm. Algumas áreas podem permanecer por seis meses ou mais sem chover. O relevo é contido por amplas depressões, com altitudes que alteram entre 200 m e 600 m e solos derivados diretamente do rudimento cristalino. A região é predominantemente caracterizada por rochas sedimentares e solos arenosos (GUSMÃO et al, 2016).


Souza et al, (2015)explicam que O desmatamento elevado no Bioma Caatinga vem gerando processos de desertificação em diversas áreas, alterando diretamente a biota, o microclima e os solos. As restrições físicas e químicas dos solos do semiárido nordestino, bem como a exploração intensiva dos recursos naturais e o super pastoreio tornam a Caatinga vulnerável à desertificação e à ameaça de extinção de espécies nativas. De forma geral, as causas da desertificação no Nordeste não são diferentes daquelas normalmente encontradas em outras áreas do mundo. Quase sempre se referem à exploração dos recursos naturais, a práticas indevidas do uso do solo (superpastoreio e cultivo excessivo) e, sobretudo, a modelos de desenvolvimento regionais imediatistas. O aumento da intensidade do uso do solo e a redução da cobertura vegetal nativa têm levado, em especial, à redução da sua fertilidade, o que demonstra a fragilidade desse ecossistema.


As Caatingas semi-áridas, comparadas a outras formações brasileiras, apresentam muitas características extremas dentre os parâmetros meteorológicos: a mais alta radiação solar, baixa nebulosidade, a mais alta temperatura média anual, Algumas palmeiras e o juazeiro, que possuem raízes bem profundas para absorver água do solo, não perdem as folhas.

Os solos da região semiárida são muito retalhados e de diferentes tipos. Vão de solos rasos e pedregosos (com vegetação coberta de cactáceas) a arenosos e profundos (com caatingas de areia em vazios demográficos, como o Raso da Catarina); de baixa fertilidade (chapada sedimentar de Ibiapaba) a alta fertilidade (chapada cárstica do Apodi). Desmatamentos, uso agropecuário contínuo e presença de caprinos levaram à extensa degradação dos solos e, em algumas áreas, à desertificação (LEAL et al., 2005).


Outras plantas possuem um mecanismo fisiológico, o xeromorfismo, produção de uma cera que reveste suas folhas que faz que percam menos água na transpiração, um exemplo é a carnaubeira denominada "árvore da vida" ou árvore da providência, pois tudo dela se aproveita além das mais baixas taxas de umidade relativa, evapotranspiração potencial. As Caatingas da América do Sul possui, sobretudo, precipitações mais baixas e irregulares, limitadas, na maior parte da área, a um período muito curto no ano (REIS, 1976).


Fabácea é entre as espécies de flora a família vegetativa, considerada a Família mais diversa na Caatinga, possivelmente pela longa história de diversificação em vegetações de clima seco e a estabilidade florística dessas áreas, associadas às adaptações morfológicas que ocorreram em suas espécies quando da adaptação à escassez hídrica, altas temperaturas e baixa umidade (CARDOSO e QUEIROZ, 2010).

Caatinga é o tipo de vegetação que cobre a maior parte da área com clima semiárido da região Nordeste do Brasil. Naturalmente, as plantas não têm características uniformes nesta vasta área, mas cada uma destas características, e as dos fatores ambientais que as afetam, é distribuída de tal modo que suas áreas de ocorrência têm um grau de sobreposição razoável. Isto permite identificar áreas nucleares, onde um número maior das características consideradas básicas se sobrepõem, e áreas marginais, onde esse número vai diminuindo, até chegar-se aos limites com as áreas onde as características das plantas e do meio definem outro tipo de vegetação (bioma).


As Caatingas são um tipo de composição vegetal exibe três estratos: arbóreo (8 a 12 metros), arbustivo (2 a 5 metros) e o herbáceo (abaixo de 2 metros) com características bem acentuadas. A cobertura vegetal é representada por formações xerófilas e caducifólias.


A vegetação é extremamente heterogênea, englobando, além das Caatingas, diversos ambientes adjuntos (enclaves). São distinguidos 12 tipos diferentes de Caatingas, que atraem atenção especial pelos exemplos admiráveis de adequações aos hábitos semiáridos. Tais fatores elucidam relativamente, a farta diversidade de espécies vegetais, muitos das quais, são endêmicos do bioma (ALVES, 2007). Estima-se que pelo menos 932 espécies já foram registradas para a região, sendo 380 endêmicas.


Os levantamentos florísticos apontam grande número de endemismos e preocupante é a falta de conhecimento sobre os exemplares desta região. Somente entre as plantas e considerando as herbáceas que são em grande npumero, registraram-se 18 gêneros e 318 espécies endêmicas, e entre as cactáceas, comuns a região, 41 espécies endêmicas. Há registro de três gêneros endêmicos da família Scrophulariaceae, dois de Malpiguiaceae e dois de Compositae. Estes números estimativos são, e isto é importante ressaltar são apontados em muitos trabalhos sobre endemismo nas Caatingas ainda são recentes, o que afirma, segundo Giulietti et al., (2004) o potencial de novas descobertas que possam culminar sobretudo em avanços farmacológicos e biodiversos sobre a flora regional).


A barriguda, por exemplo, ou Paineira como é conhecida em algumas localidades da Caatinga segundo Diana(2018) é uma árvore muito encontrada na Caatinga, e possui uma capacidade a resistência da seca como muitos outros exemplares deste bioma mas com a peculiaridade de formar um reservatório no caule, como uma barriga de absorver água em seu interior e mantem um caule pode chegar até a 1 metro de diâmetro, possui grande quantidade de espinhos e sua madeira é considerada mole, leve e apresenta pouca durabilidade.


A água é um dos principais elementos para a vida e como um fator limitante na Caatinga e sua oferta leva a uma fascinante diversificação, tal biológica quanto cultural. Silva et al, (2005) explicam que a região nordeste do Brasil apresenta uma modesta rede hidrográfica se comparada às de outras regiões brasileiras. Esta condição natural é a principal consequência da abrangência do clima semi-árido, característico da Caatinga, sobre as bacias hidrográficas da região. Uma vasta parcela de oito dos nove estados da região Nordeste do Brasil e o norte de Minas Gerais tem na falta da água a sua elementar e mais crítica conformação, configurando o clima semiárido. A Caatinga cobre boa parte da região semiárida do Brasil, e a flora, fauna e humanos que ali coabitam e convivem com uma oferta de água esporádica(GUSMÃO et al, 2016).

Os rios da Caatinga são quase sempre temporários, na estação seca restam apenas os seus leitos secos, que chegam a ser empregados como estradas. O maior rio da região, o São Francisco, é um dos poucos perenes que restam (GUSMÃO et al, 2016).


A diversidade biológica da Caatinga é significativa. Hoje são conhecidas 178 espécies de mamíferos, 975 de aves, 240 de peixes, 177 de répteis, 80 de anfíbios, 221 de abelhas, além de cerca de 6.000 espécies de plantas e mais de 1.000 espécies de fungos. Todavia, esses números podem ser bem mais ascendentes. Trabalhos desenvolvidos pelo Programa de Pesquisa em Biodiversidade do Semiárido (PPBio Semiárido) (Figura 8), já inventariaram mais de 4.500 espécies de distintos grupos, com a descoberta de cerca de 400 espécies novas para o meio científico (GUSMÃO et al, 2016).

O Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção, de 2016, aponta 136 espécies ameaçadas na Caatinga, dentre as quais 46 endêmicas (ICMBio, 2016), incluídas a arara-azul-de-lear Anodorhynchus leari e da ararinha-azul Cyanopsitta spixii, a primeira categorizada como "criticamente ameaçada" e a segunda "extinta na natureza".

Imagem de: : Barriguda (Ceiba glaziovii) Fonte: Florada Caatinga (2018)




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