top of page

BIODIVERSIDADE E EDUCAÇÃO AMBIENTAL: Uma relação urgente!

Atualizado: 20 de jan. de 2021

A biodiversidade está em risco eminente. Recordem-se que desde o nascimento nós aprendemos algo. A aprendizagem é continua e natural. Quando nascemos, de forma espontânea aprendemos a respeitar. Assim se fazem algumas aprendizagens, impulsionadas por necessidades, sejam fisiológicas, sociais ou qualquer outra motivação negativa ou positiva. A resposta disto é diferente a cada questão, mas ainda assim, na aprendizagem como a consciência ambiental.

Guará - Ibis vermelho (Eudocimus ruber (Linnaeus, 1758))

A maioria dos problemas ambientais tem suas raízes em fatores sociais, econômicos, políticos, culturais e éticos. Na rotina, de maneira direta aprendemos tomar banho, limpar a casa, dirigir um automóvel, aprendemos na escola profissionalizante uma atribuição e trabalho, enfiam, a aprendizagem que se dá de várias formas, em vários aspectos e tempo histórico constante, porém, é diferente, historicamente quando se considera a educação ambiental, consciência ecológica e reconhecimento da fauna seja ela local, regional ou nacional. Uma lacuna se forma se não direcionada de forma assertiva, crítica e constante que possa reconectar o ser social ao seu meio natural.

Muito da biodiversidade a que a educação ambiental por muito tempo foi desconectada pode estar a resposta para muitas questões que afligem a sociedade, sejam elas culturais, sociais ou econômicas. O pouco estudo sobre a riqueza faunística brasileira somados ao desconhecimento sobre o papel desta na subsistência se agregado a uma educação ambiental descontinuada e ineficiente que não prioriza a autonomia ecológica, a sustentabilidade dos sistemas naturais e a criticidade que é inerente para uma prática assertiva ética que agregue o homem, em seu amplo aspecto e intervenções bem como sua sobrevivência aos recursos naturais sobretudo da fauna silvestre.

Fundamental precisa ser também, aprender como coabitar um planeta de forma respeitosa e sustentável, que se respeite necessidade e diferencie da vontade e ego que corrompe as sociedades. Assim como salienta Andreoli (2018) a aprendizagem só ocorre, de fato, a partir de um conhecimento conectado com a realidade contemporânea, que nos toca em relação ao outro, principalmente daqueles que são diferentes de nós. Essa forma de realidade proporciona o deslocamento do olhar individualista para a uma dimensão social do saber.

É descabido o desrespeito sem tamanho que a sociedade implica nos ecossistemas, nos espaços que ocupa, nas alterações ecológicas desastrosas inclusive em manejos de fauna inadequados, introdução de espécies exóticas, tráfico de animais que objetivaram no passado não tão distante e ainda no presente benefícios pontuais causando grandes desastres e extinções de espécies como por exemplo o rato de Noronha, a Tilápia, Ararinha azul e tantos outros e tantos outros exemplos que ocupam a biosfera em todo o globo, sendo extintas muitas das vezes, várias espécies que nem foram conhecidas cientificamente e que poderiam ser resposta para muitas questões como já comentado aqui.

É evidente, que ao longo dos anos, cada ser humano expressará suas preferências e particularidades, mas ainda assim, a atenção não pode ser ignorada na condição e necessidade do outro, já que vivemos em sociedade. Sobre a biodiversidade não deveria ser diferente, já que dela depende nossa perpetuação neste planeta. No que diz respeito a legislação brasileira, Bortolozi, em seu estudo publicado em 2018, corrobora com afirmativas deste texto quando documenta o reflexo da ausência de consciência ambiental sobretudo na importância da biodiversidade na legislação que onde deveria zelar e proteger a fauna, de tutela do estado, muitas vezes é utilizada como respaldo ou regulamentação das atrocidades, violência, posse e exploração contra a biodiversidade de fauna, limitando-se a reduzir o seu sofrimento ao entreter o homem, mascarando, também, de certa maneira, interesses econômicos.

As formações do senso crítico e afetivo às questões ambientais tem sua necessidade em iniciar ainda na infância, pois é através deste período de desenvolvimento que se transformam em futuros adultos conscientes e transmissores de conhecimentos na conservação e sustentabilidade em seu tempo histórico e que se sabe, já muito se esperou para que o reconhecimento da necessidade de preservação e estudos da biodiversidade seja aplicado de maneira crítica. Sejam em postura e modo de vida quanto em multiplicadores, educadores ambientais formais ou informais.




por Beatriz Aquino


Referências:

AMARAL, R. F. A tutela jurídica dos animais. Cadernos de Direito, Piracicaba, v. 16, p 27-66, jan.-jun. 2016

ANDREOLI, C. V. et. al.; Resíduos sólidos: origem, classificação e soluções para a destinação final adequada. p 521- 552. 2018

BORTOLOZI, E. A Tutela da fauna silvestre como efetivação do direito fundamental do meio ambiente. Revista Científica Hermes n. 20, p. 4-19. 2018

PEDRINI, A. G. A. Educação ambiental com a biodiversidade no Brasil. Um ensaio. Revista Ambiente & Educação, vol. 11, p 63-77. 2006

SILVA, B.A. Educação ambiental formadora do caráter transformador do meio. Uiclap, p 14-15. 2020



Comments


Post: Blog2_Post
  • LinkedIn
  • Facebook
  • Instagram

©2020 por DeNatureza. Orgulhosamente criado com Wix.com

bottom of page